Jim Clark

Jim Clark































O melhor de todos.

Jim Clark foi sempre tratado assim.

Aqueles que puderam testemunhar a Fórmula 1 dos anos 60 não carregam
nenhuma dúvida sobre o assunto no coração.

Ele parecia aperfeiçoar o que Alberto Ascari e Juan Manuel Fangio já haviam
realizado.

Um colecionador de pole-positions.

E dono de uma condução impecável.

Os outros pilotos o admiravam.

Numa época de incertezas, devido a falta de informação, o tratamento carinhoso
que Clark dava aos seus bólidos fazia toda a diferença.

Preservar o equipamento era uma grande vantagem.

Na época tudo podia quebrar a qualquer momento.

A categoria era empírica.

Por isso que, mesmo com todo o cuidado, o escocês perdeu dois títulos mundiais
por causa das falhas nas engrenagens.

No entanto nada tirava sua determinação.

Era evidente que seu talento o colocava acima dos demais.

Na prova de Spa-Francorchamps, em 1967, ele cruzou a primeira volta tão  à
frente dos outros que a organização chegou a pensar que algum acidente terrível
havia acontecido.

Exagero?

Poucos anos antes ele já havia feito algo parecido.

Abriu 3 segundos de vantagem pro resto ainda na primeira volta do GP de Mônaco.

E os 9 segundos que ele colocou no segundo colocado para conquistar a pole-position
em Nurburgring?

A superação de seu tempo de classificação em Monza durante a corrida

Performances memoráveis na chuva.

Esses momentos de sua carreira assombraram o mundo do automobilismo.

Estranho que sua trajetória não foi nada tranquila até a Fórmula 1.

Sua família não simpatizava com a ideia da velocidade.

Foi o talento que o carregou mundo afora.

Talento que despertou o olhar aguçado de Colin Chapman.

E aí o casamento com a Lotus durou para sempre.

Até que a morte os separou.

Apesar disso seu legado permaneceu.

Nas gerações que vieram depois sempre surgiu um piloto que assim como
Clark parecia desenhar os circuitos.

Posso até citar dois brasileiros.

Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet.

Sem comparações.

Porque Clark faz parte de outra categoria.

O que dizer de um condutor que não alterava a configuração feita por seus
mecânicos?

Pois independente do setup ele conseguia tirar o melhor do carro.

Em qualquer situação.

Fosse nas 500 milhas de Indianápolis, na Nascar ou nas 24 horas de Le Mans.

Por isso que quando aparece um piloto vencedor e muito superior ao outros o
nome Clark volta a ser citado.

Por ter criado um alto padrão de qualidade.

Ainda que sua carreira tenha sido encerrada de forma precoce.

Não prejudicou a avaliação de seus feitos.

Mais ainda .

Sua história se tornou ainda mais importante quando novos parâmetros foram
estabelecidos por um certo piloto brasileiro.

Que assim como o gênio escocês teve seu tempo abreviado nas pistas.

Dessa forma ficou até mais fácil compreender o tamanho de suas conquistas.

Havia um precedente ideal.



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