Patrick Depailler
É difícil tentar entender a alma de um piloto.
De vez em quando me deparo com uma figura que não me deixa concluir
o texto.
O francês Patrick Depailler é um desses.
Por que?
Sua história é acidentada.
Cheia de exageros.
Despretensioso na forma de viver.
Mas sonhava em ser campeão mundial.
Não podia dar certo.
A época era errada.
Esse tipo de postura não cabia mais na Fórmula 1.
O talento estava lá.
As vitórias nas categorias de acesso evidenciam isso.
Em 1978 (já na Fórmula 1) arrancou uma vitória no principado de Mônaco.
Comemorou durante ininterruptas 48 horas!
Festas em cima de festas.
Alguns que viram de perto resumem Depailler nas pistas.
Apagava o cigarro.
Colocava o capacete.
Pilotava de modo ensandecido.
Voltava para o Box.
Tirava o capacete.
E acendia outro cigarro.
Isso sem falar nos acidentes.
A queda de asa delta foi simbólica.
Isso mesmo asa delta!
Ele se quebrou todo.
A primeira cirurgia durou 5 horas.
E decretou o fim de sua participação na promissora temporada de 1979.
Temporada em que Niki Lauda o apontava como favorito pela Ligier.
Em 1980 ele retornaria pela Alfa Romeo.
Apenas para morrer num teste na Alemanha.
Um desperdício por tudo que poderia ter sido.
Por que viver assim?
Viu como é difícil escrever sobre um personagem desses?
Uma coisa ficou clara.
A razão só faz sentido na cabeça do homem.
Então como decifrar a mente de Depailler?
Ken Tyrrell nos deu uma pista ao falar dele.
Sobre suas atitudes.
"Ele era apenas um menino.
Um menino imprevisível!"
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