Fordlândia

Fordlândia






























O ciclo da borracha na Amazônia trouxe riquezas para a região.

Na virada do Século XIX para o Século XX cidades como Belém e Manaus figuravam
entre as mais prósperas do mundo.

A matéria-prima da borracha, o látex, era monopolizado pelo Brasil.

Tudo isso acabou quando um cidadão inglês surrupiou mudas de seringueira.

Com isso os Britânicos passaram a cultivar a planta em suas colônias asiáticas.

Biopirataria.

O mercado passou a ser controlado pela Inglaterra.

Os preços dispararam.

Causando estragos.

Um dos atingidos foi o americano Henry Ford.

Ford precisava resolver o problema que aumentava os custos de fabricação dos pneus de
seus carros.

Assim ele teve uma ideia.

Fundar um núcleo produtor de borracha em plena Floresta Amazônica.

Aparadas as arestas com o governo brasileiro, Ford inicia sua aventura.

Numa região inóspita o industrial americano precisava criar condições para que seu plano
desse certo.

Daí surge a Fordlândia.

Em 1927 Ford manda dois navios para o Brasil com peças para a montagem de uma cidade
pré-fabricada.

Uma cidade mesmo.

Com uma usina de força, fábricas, casas, hospitais e escolas.

Portos, estações de rádio, centros de pesquisa e estações de tratamento de água.

Tudo.

Cada pedaço vindo direto de Detroit.

Contruída às margens do Rio Tapajós.

As fotos estão aí em cima.

Uma coisa inacreditável.

Foram plantadas inicialmente 1.900.000 seringueiras.

Porém tudo deu errado.

As plantações sofreram com o ataque de pragas.

O modo de produção entrou em conflito com a mão-de-obra local.

Os caboclos não estavam acostumados com crachás, sapatos e comida enlatada.

Tentando salvar o investimento, Ford tentou utilizar terras mais ao norte em Belterra.

Construiu toda a estrutura lá também.

Tinha até cinema.

Esperando condições melhores plantou 3.200.000 mudas na cidade paraense.

Veio gente do Brasil todo trabalhar na nova fronteira.

Durante dois anos, entre 1938 e 1940, Belterra virou capital mundial da borracha.

E foi só.

Até surgimento da tecnologia de produção da borracha sintética a partir do petróleo.

Era o fim do sonho de Ford.

Cheio de prejuízos, o projeto foi encerrado com um acordo.

O governo brasileiro quitou todas as obrigações trabalhistas.

E ficou com todas as benfeitorias.

Indenizando a empresa.

Quanto?

250 mil dólares.

Está tudo lá abandonado pra quem quiser ver.

As fotos abaixo mostram isso.

Uma história bem doida.

Fordlândia se transformou numa cidade fantasma.


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