James Hunt
Festas.
Mulheres.
Álcool.
Cigarro.
Aquele que vomitava de tensão antes de cada Grande Prêmio.
São essas coisas que passam na cabeça das pessoas ao se falar sobre James Hunt.
Mas não foi isso?
Foi.
Mas houve a sorte também.
Sorte de escapar de diversos acidentes.
Até em um lago ele caiu durante uma prova da Fórmula Ford.
Saiu facilmente do carro.
O cinto de segurança não era sua prioridade.
Mais?
Sorte de encontrar um Mecenas das Pistas.
Lord Hesketh era exatamente isso.
Mesmo que os resultados demorassem a aparecer.
A aventura iniciada na tediosa F2 logo chegaria à Fórmula 1.
E o improvável aconteceu.
1975.
Em Zandvoort, Hunt terminou em primeiro com o carro branco.
Porém a fonte de dinheiro secou.
E Hunt parecia que estava sem futuro.
Mas a sorte cuidaria de tudo.
Não abandonaria assim o piloto inglês.
Para espanto de todos Emerson Fittipaldi deixou a McLaren para seguir sua
própria sorte.
Sorte?
Eu não disse que ela estava ao lado de Hunt?
O piloto festeiro passou então a ocupar o cockpit vago na equipe de Teddy Mayer.
1976.
O duelo entre Ferrari e McLaren prometia.
Mas Niki Lauda estava impossível.
Nas nove primeiras etapas foram 5 vitórias, 2 segundos lugares e 1 terceiro.
Hunt precisaria de muita sorte para ser campeão.
Isso.
Sorte.
Em Nurburgring, Lauda sofreu o terrível acidente.
Hunt venceu.
E repetiu a dose na Holanda, no Canadá e nos Estados Unidos.
Lauda retornou do mundo dos desenganados.
No Japão, palco da última etapa, apenas 3 pontos separavam os dois pilotos.
A sorte fez chover.
Muito.
Lauda abandonou.
Tudo ainda estava fresco.
Recente demais.
O acidente na Alemanha havia mudado sua vida.
Ninguém enxergava nada no circuito de Fuji.
Hunt estava mais nervoso do que nunca.
Ainda mais que a sorte decidiu mostrar que ela estava no comando.
Faltando dez voltas o pneu da McLaren furou.
Ao sair dos boxes o inglês estava na nona colocação.
Sem ver direito ele ultrapassou todas as manchas na pista.
A corrida terminou.
James Hunt se tornou o novo campeão mundial.
Ele não saudou a sorte.
Mesmo assim ela ainda insistiu.
E ainda lhe deu de presente três vitórias no ano seguinte.
Porém nessa mesma temporada Hunt decidiu abandonar tudo.
A sorte continuou na Fórmula 1.
Decidindo destinos.
Observando de longe James Hunt.
Um de seus escolhidos.
Em 14 de junho de 1993 ela resolveu visitar o ex-piloto em sua casa.
Uma última vez.
Apenas para dizer adeus.
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