Ao tirar Max Verstappen da prova de Silverstone 2021, Lewis Hamilton esclareceu muitas coisas.
Podemos citar algumas.
A Mercedes, numa pista feita milimétricamente para que seu carro funcionasse de maneira a não ter adversários, foi maltratada.
Muito.
Apesar da Red Bull não ter encontrado o setup ideal e de Hamilton ter feito o melhor tempo na sexta-feira, a Sprint Race levantou o pano.
E o que estava embaixo não foi bonito de ver.
As Flechas de Prata (negras) trabalham no limite.
E Lewis não pode respirar.
Na largada de sábado, Verstappen assumiu a ponta.
E sumiu.
O primeiro piloto de Brackley errou novamente.
Outra vez numa saída.
Tanto que Bottas teve que levantar o pé para não disputar a segunda posição com seu companheiro.
Novamente pois há uma coleção de erros do atual campeão.
Ímola, Baku, Áustria (quando castigou o carro na zebra até quebrar)...
Inconformado com o banho que tomou de Max, foi para um tudo ou nada no domingo.
Sabia que a história do sábado simplesmente se repetiria se ele não agisse.
A Red Bull 33 ficaria inalcançável se permanecesse a frente após as luzes vermelhas se apagarem.
Então partiu pro tudo ou nada.
Win Or Wall.
Numa batalha feroz, Lewis deixou claro que não deixaria a primeira posição para seu adversário.
Ou ele ficaria com ela ou nenhum dos dois.
Sim.
Foi desespero, como disse Horner.
Juntamente com a vantagem adquirida, uma vitória de Max seria o fim do campeonato.
Como não havia como ultrapassar, Verstappen logo chegaria ao hospital.
A culpa é cristalina.
Alguns hipócritas (torcedores) defendem seu ídolo.
Hipocrisia porque se fosse ao contrário (Hamilton desfalecido numa ação de Verstappen) estariam acusando Max de tudo.
E se fosse Nikita Mazepin executando esta manobra com tais consequências, todos pegariam tochas e derrubariam as portas da Haas.
A punição veio branda.
Kimi Raikkonen ao tocar em Sebastian Vettel no Circuito da Red Bull tomou 20 segundos.
O dobro.
Outra coisa interessante que podemos notar, é que quando está acuado o piloto limpo e bonzinho desaparece.
Aquele homem cheio de valores e exigente com as ações dos que o cercam para que não desvirtuem sua imagem apenas derrete.
É fácil ser nobre com o carro um segundo (muitas vezes foram 2) mais rápido que os demais.
Entretanto a verdadeira dignidade aparece na adversidade.
Continuar preservando seus valores nos momentos mais difíceis demonstra quem é grande de verdade.
Não vale ganhar de qualquer maneira.
E Lewis não está acima do bem e do mal.
Nunca esteve.
O campeonato ganhou uma mancha.
No estilo de Michael Schumacher em seus piores momentos, Alain Prost ou da vingança de Ayrton Senna.
Desespero.
É pra tanto?
As tentativas de Hamilton em preservar sua coroa são até engraçadas.
Entre as duas provas austríacas ele foi para o simulador tentar achar melhorias.
Coisa que ele nunca faz.
Por isso foi patético.
Suas sugestões foram direto para o lixo ao serem analisadas pelos engenheiros.
A Red Bull aperta a Mercedes como nunca aconteceu desde 2014.
Valtteri Bottas está sendo mais sacrificado do que nunca.
As coisas não funcionam como antes por conta das necessidades de se criar um carro do nada para 2022.
Fora isso, há limitações no orçamento.
Os erros de Lewis não aparecem por acaso.
A Mercedes não é aquela que lhe deu sete títulos até aqui.
Ele precisa trabalhar fora da sua zona de conforto.
A Red Bull sentiu o cheiro de sangue e não para de perseguir.
O Time dos Energéticos entendeu que tem uma chance de ouro.
Max também.
Pois ninguém sabe como será o amanhã com as novas regras.
Vou falar.
O que aconteceu em Silverstone naquele domingo não será esquecido.
Posso estar errado.
Mas se na última etapa Verstappen estiver liderando o campeonato...
Senna x Prost (2)
A Liberty está adorando.
E a Netflix deve ter dobrado sua equipe para as próximas corridas.
Quem teria coragem de perder os próximos capítulos?
Nada melhor que uma treta para colocar fogo na Fórmula 1.
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