Turbinando
Não se pode negar que os franceses protagonizaram um papel importante
na história da Fórmula 1.
E num projeto que pouca gente achava que traria bons frutos.
A Renault tinha um plano ousado.
E para sua execução convocou um piloto sério.
Um técnico.
Que diferente de seu amigo (e compatriota) Jacques Laffite, não ligava para
os prazeres do paddock.
Seu nome: Jean-Pierre Jabouille.
O sonho da equipe francesa, caso se realizasse, seria um revolução.
O motor turbo.
Quase ninguém acreditava naquela sandice.
A exceção era Jabouille e os engenheiros da Renault.
As humilhações não tardaram em chegar.
Os franceses foram motivo de chacota.
Os ingleses chamavam o carro de chaleira amarela.
Primeiro porque era amarelo, claro.
Segundo pela fumaça que soltava...
A coisa não foi fácil.
Um exemplo de persistência.
Até a histórica vitória em Dijon, foram 23 abandonos em 24 provas.
Histórica porque inaugurou uma nova era para a Fórmula 1.
Dependendo da sua idade você já sabe como esse mundo pode ser mau.
Não existe justiça.
Por isso Jabouille não conseguiu desfrutar daquilo que ajudou a criar.
A Renault resolveu entregar o carro lapidado para um tal de Alain Prost.
E apostou seus aerofólios nele.
Jabouille?
Encontrou abrigo na Ligier ao lado do amigo Laffite.
Mas após um acidente em Montreal, a carreira de Jean-Pierre acabou na F1.
Suas pernas haviam se quebrado.
Talvez guarde uma mágoa da Renault.
Porém como era um técnico, deve lembrar com carinho do turbo.
Da realização.
Do esforço e trabalho bem feito.
Sempre mancando...
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